Bom Domingo, Queridos!
Você já deve ter escutado alguém dizer que faz tudo para
emagrecer e não consegue, não é verdade? Ou que consegue... Mas volta a engordar depois.
Mas o que é “fazer tudo para emagrecer”? É fazer todos os tipos de dietas
existentes no mercado e/ou passar fome? É fazer exercícios extenuantes e/ou
treinar durante horas? Pois saiba que nenhum desses comportamentos fará com que
você se mantenha efetivamente magro.
Geralmente, o “pensamento gordo” é oito ou oitenta, tem sempre
presente o radicalismo. Não existe moderação e não aceita escorregões. Se “sai
da linha” na dieta ao invés de corrigi-la e seguir, a abandona ou quando está
de dieta, jejua.
A OMS considera a obesidade um dos dez principais problemas de
saúde pública do mundo e a classifica como epidemia, sendo que suas causas são
múltiplas, envolvendo fatores genéticos, metabólicos, comportamentais,
emocionais, culturais e sociais.
A maioria das pessoas prefere ‘culpar’ o metabolismo e a
genética. Porém, das pessoas que sofrem com algum tipo de obesidade, 2% derivam
de causas endocrinológicas, outros 8% são diabéticos e não produzem insulina no
organismo suficiente para metabolizar os alimentos. Existem também
aproximadamente 10% de pessoas com tendência genética a obesidade, e
provavelmente mais uns 10% que são obesos na vida adulta por terem sido
crianças gordas. E ainda pode-se contar 10% que desenvolvem a obesidade por
aspectos culturais, tais como hábitos familiares, sociais ou étnicos. Já os
outros 60% das pessoas obesas certamente desenvolveram esse problema devido às
causas emocionais.
No entanto, a obesidade ocorre devido a uma combinação de
fatores.
Dizem os médicos que as pessoas engordam apenas por comerem em
excesso ou porque descontam suas ansiedades, carências e depressões na comida,
mas nem sempre se consegue explicar porque que esses problemas levam as pessoas
a comerem demais. A falta do entendimento clínico do porque a pessoa obesa
come demais mesmo que lhe traga sofrimento e complicações, reforça as crenças
naturalizadas tanto no meio médico como no social, de que o obeso não emagrece
por preguiça, desleixo ou falta de “força de vontade”.
O que não é verdade,
ninguém é gordo porque quer!
Independentemente de fatores biológicos ou hereditários, o acesso
aos alimentos aumentou atualmente. Junto com a disponibilidade de alimento,
está a procura do ser humano pelo prazer. Uma vez que o ato de comer está
associado à sensação de prazer, o individuo acaba comendo mais do que
necessita. E desta forma indivíduos que perdem o controle quando começam a
comer, tornam-se comedores compulsivos, desenvolvem a obesidade assim como
diversos transtornos alimentares, e precisam de ajuda para superar essa
dificuldade.
Há uma profunda relação entre o excesso de peso, os aspectos
culturais e os aspectos emocionais, que influenciam o comportamento alimentar.
O corpo obeso pode ter incontáveis significados que o indivíduo carrega dentro
de si sem ao menos dar-se conta disso.
Alguns indivíduos utilizam o alimento como objeto das relações pessoais.
A consequência dessa relação é que o alimento perde seu papel essencial de
nutrição, passando a servir como instrumento que alivia os sofrimentos
emocionais de ansiedade, medo, depressão, rejeição, raiva, entre outros.
A obesidade é um sintoma que coloca o corpo como principal
depositário de tudo o que o ser humano precisa mostrar...
O corpo que padece e
sofre por seu excesso de peso reflete sintomas formados pelo inconsciente e que
a medicina não cura!
Para que ocorra um emagrecimento efetivo é necessário que a pessoa
consiga abrir mão de sua forma obesa e dos benefícios que a "capa" de gordura
fornece enquanto defesa.
O primeiro passo rumo ao emagrecimento é o autoconhecimento. Portanto, pense... reflita....
- O que o(a) impede de emagrecer?
- O desejo de emagrecer é seu ou de outros?
- Qual é a sua crença sobre peso? Como está sua autoestima?
- Você realmente deseja emagrecer? É prioridade para você?
- O que irá mudar em sua vida ao emagrecer?
- Qual a sua meta?
- Como você se enxerga? O que você fala para você?
Espero que você reflita sobre a sua relação com a comida.
Procure comer para viver e não viver para comer.
Tenham um Domingo Maravilhoso!
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