Olá, Amores!
Quando se trata de praticar exercícios/atividades físicas e/ou reeducar a alimentação, é tão comum a alegação sobre a falta de tempo. Dizemos que o dia precisa de mais horas. Mas será mesmo que o dia precisa ser mais longo ou somos nós que não sabemos administrá-lo?!
Segundo a escritora americana Laura Vanderkam, a percepção de que o dia é curto para realizar tantas tarefas é um equívoco. Em seu livro, 168 Hours. You Have More Time Than You Think (168 Horas. Você Tem Mais Tempo Do Que Pensa), ela preconiza que somos bem menos ocupados do que imaginamos e que a melhor maneira de aproveitar bem o tempo é não se preocupar tanto assim com ele.
Livros sobre como administrar o tempo se tornaram um gênero à parte nos últimos anos. Em geral, eles partem da premissa de que o dia é curto para tantas tarefas, recomendando lidar com isso por meio de um preenchimento de todas as suas horas do dia com um planejamento rigoroso. Porém, o resultado desse planejamento rigoroso é, muitas vezes, mais estresse.
Laura Vanderkam é contra esse paradigma tarefeiro. Através de pesquisas, constatou que a premissa segunda a qual temos pouco tempo não é verdadeira. Concluiu que achamos que gastamos mais horas do que realmente gastamos nas atividades do dia a dia.
Então, já que temos mais tempo do que pensamos, como aproveitá-lo melhor?
O segredo está em considerarmos as 168 horas da semana e não as 24 horas do dia. Laura sugere que planejemos a semana, não o dia. Em vez de uma lista rígida de tarefas cronometradas, devemos listar as prioridades que podem ser espalhadas, flexivelmente, ao longo dos sete dias. Num cronograma flexível, temos os seis dias restantes da semana para acomodar o que ainda não foi feito.
Para montar uma estratégia de bom uso do tempo exige reflexão, coragem e autoconhecimento. Veja como fazer isso com base nos princípios do livro de Laura Vanderkam:
1- Mude a sua percepção do tempo: Geralmente não gastamos tempo objetivamente, mas ocupamos mais espaço mental com preocupações com alguns tipos de tarefa, como o trabalho e estudo, que produz a sensação de não estarmos disponíveis para outras atividades. Essa percepção errônea é consequência não apenas do excesso de trabalho, mas da sensação de que temos tarefas demais a cumprir.
Como mudar essa percepção? Fazendo uma lista com as tarefas que objetivamente realizamos ao longo do dia e identificando o que nos faz perder tempo. Com a lista em mãos, estamos prontos para passar para o segundo passo - o desapego.
2- Livre-se do que não é essencial e terceirize o que puder: Exclua ou terceirize pontos da sua agenda, o que não é importante. Existem coisas que não precisamos fazer ou podemos pagar para não fazer. Não se pode ter tudo, aprenda a abrir mão de algumas coisas.
3- Defina (com sinceridade) o que é importante para você: Eleger prioridades é um exercício de autoconhecimento e humildade. A dificuldade em eleger prioridades e se desfazer do que não é importante tem a ver com assumir responsabilidades sobre a própria vida. O exercício de sinceridade inclui aplicar esse conceito até na criação dos filhos. Um pai ou uma mãe não lê para o filho porque não tem tempo ou porque não gosta dessa tarefa? Se for a segunda alternativa é melhor assumir. Há muitas outras forma de se mostrar um bom pai ou uma boa mãe. Relacione o que é importante e o que não é. Descarte o que não é importante e, dentro da lista do que é importante, separe o que é urgente. Por exemplo: é importante, mas não urgente, aprender a tocar um instrumento musical. A meta é sempre aumentar o tempo usado para as coisas realmente importantes e investir cada vez menos horas nas urgentes.
4- Livre-se da lista - e pare de se preocupar com o tempo: Aprenda um ensinamento budista - cuide de uma atividade por vez, com atenção. Esteja por completo onde a vida acontece. Pratique o estado de presença absoluta, onde tudo é realizado com mais rapidez, mais prazer e eficácia. Vamos nos livrar da lista agora? Coloque o que é realmente importante na lista de atividades da semana - sem definir um dia e horário que torne tudo uma obrigação. Assim, teremos calma para estar nessas atividades "por inteiro".
É fundamental ter consciência de como usar as horas da semana para reconhecer e dispensar o que não faz parte das prioridades.
Como diz Caetano Veloso na música "Oração ao tempo", o fundamental em relação ao tempo não é domá-lo, mas entrar de acordo com ele.
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